5 lições que aprendemos com o GP de Miami

A etapa de Miami do Mundial de Fórmula 1 não entregou apenas emoção na pista. O GP marcou uma virada estratégica, expôs fragilidades e consolidou ascensões. Aqui estão cinco aprendizados que saem da corrida mais quente da temporada até aqui:

1. Red Bull não é o que realmente equipe diz?

Andrea Stella após a pole de Max Verstappen em conversa com a mídia cometou que a Red Bull cria uma certa "narrativa" sobre o RB21 ser pior do que realmente é. Verstappen ainda consegue tirar mágicas de uma volta rápida, mas a performance de domingo mostrou que não tem mais o equipamento para manter a vantagem durante toda a corrida. Mesmo com grande luta contra os dois pilotos da equipe Papaya, o desgaste de pneus ficou evidente e a McLaren, em especial nas mãos de Piastri e Norris, mostrou ritmo superior em stint longo. O Safety Car Virtual também não ajudou Verstappen, que acabou refém de um carro que não acompanha mais o ritmo das rivais nas condições de corrida.

2. Norris ainda precisa amadurecer no corpo a corpo

A batalha entre Lando Norris e Max Verstappen poderia ter mudado o curso da prova. Mas o britânico, ao tentar forçar por fora no primeiro setor, saiu da pista e despencou para sexto. Mesmo com boa recuperação, inclusive com ultrapassagens firmes sobre Albon, Russell e Antonelli, o tempo perdido foi fatal. Quando enfim passou Verstappen, Piastri já tinha sumido na liderança.

3. Williams vira favorita à 5ª posição nos construtores

Carlos Sainz teve em Miami uma das atuações mais consistentes desde que trocou a Ferrari pela equipe de Grove. Albon também mostrou força tanto em ritmo quanto em posicionamento estratégico. A equipe vive um momento raro em que supera rivais como Alpine, Haas e Racing Bulls com autoridade. O projeto de Vowles e Fry está funcionando.

4. Ferrari deveria focar logo em 2026

Charles Leclerc foi direto: "Quando você dá o seu melhor e termina em oitavo com uma Ferrari, machuca." Em Miami, a equipe não só não acompanhou Red Bull e McLaren, como também foi batida por Williams. Com 2026 trazendo novas regras e motores, talvez seja hora de virar a chave e concentrar os recursos no futuro, sob o risco de transformar 2025 em mais um ano desperdiçado.

5. Kimi Antonelli está onde deveria estar

A pole position no Sprint e o desempenho superior ao de George Russell na classificação tradicional mostraram que a Mercedes fez bem em apostar no jovem italiano. Ainda que a corrida tenha tido incidentes e o resultado final não tenha refletido todo o seu ritmo, Antonelli já demonstra personalidade, controle e velocidade suficientes para justificar toda a expectativa.

Fonte: Motorsport.com