Análise técnica: Como as equipes equilibraram refrigeração e downforce na Hungria – e por que a McLaren brilhou

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O Hungaroring é um dos maiores desafios técnicos do calendário: alta exigência de downforce, curvas longas e demanda intensa de refrigeração. Saiba como Red Bull e McLaren tomaram caminhos diferentes e onde o time papaya fez a diferença para dominar a F1 na Hungria. Leia a análise detalhada no Box Box Radio: https://www.boxbox-radio.com/blog/2025/destaque/analise-refrigeracao-downforce-hungriaFonte da imagem: Formula1.com

Análise técnica: Como as equipes equilibraram refrigeração e downforce na Hungria – e por que a McLaren brilhou

O Grande Prêmio da Hungria mais uma vez testou ao limite o equilíbrio técnico das equipes da Fórmula 1. O traçado do Hungaroring, famoso por recompensar carros com alto nível de downforce, também coloca à prova a eficiência dos sistemas de refrigeração, principalmente sob o calor típico de Budapeste e o perfil travado, com poucas retas para resfriar motores e freios.

A combinação de curvas longas (muitas vezes feitas com as rodas dianteiras esterçadas por muito tempo) e o pouco fluxo de ar direto para os radiadores faz com que as equipes tenham de abrir generosamente a carroceria, expondo mais as saídas de ar — uma solução que sempre cobra um preço aerodinâmico importante.

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O dilema da refrigeração: abrir ou perder desempenho?

A Red Bull ilustrou bem o dilema em Budapeste: nas imagens técnicas de Giorgio Piola, ficou claro como a equipe aumentou consideravelmente a área de saída de ar quente na base da cobertura do motor entre sexta e sábado. Isso porque mexer na área de entrada não é prático — toda a estrutura do carro é desenhada em torno dessa geometria.

Red Bull exaust design for Hungary

Assim, a refrigeração é ajustada via abertura de louvres (saídas extras na parte superior) e o próprio vão traseiro da cobertura. Só que ambos afetam negativamente o fluxo aerodinâmico: os louvres atrapalham o ar que gera downforce sobre a carroceria, e a saída traseira, quando ampliada, interfere justamente na região crítica de convergência dos fluxos laterais para o difusor e beam wing.

Na sexta-feira, Verstappen rodou apenas com louvres abertos ao máximo, mantendo a saída traseira reduzida. Tsunoda, por outro lado, usou ambos — louvres e saída traseira ampliada. Sinal de que o carro de Verstappen estava no limite do resfriamento, ele foi convertido para esse setup mais aberto no sábado, sugerindo risco de superaquecimento já na sexta.

Red Bull Wings for Hungarian GP

Refrigeração eficiente: o segredo da McLaren

Enquanto a Red Bull fazia ajustes drásticos para não sacrificar o motor, a McLaren seguiu seu caminho próprio — e isso pode explicar parte do domínio papaya na Hungria. O MCL39 raramente usa louvres tradicionais, preferindo “orelhas” de resfriamento cujas aberturas podem ser moduladas.

Em Budapeste, a McLaren passou todo o fim de semana com essas orelhas apenas um pouco mais abertas do que o padrão, mantendo uma área de saída sob a cobertura do motor relativamente pequena — um feito impressionante considerando as altas temperaturas.

O segredo desse pacote de refrigeração da McLaren permanece guardado, mas a eficiência do sistema é notória desde Mônaco, onde a equipe já havia se destacado por usar saídas de ar menores que outras equipes, mesmo com o mesmo motor Mercedes.

A integração do sistema de refrigeração com a aerodinâmica dos freios também contribui para um carro equilibrado e eficiente, ajudando a explicar por que o time é hoje referência em performance aerodinâmica.

McLaren Cooling specification

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Conclusão: onde está o diferencial McLaren

O que diferencia a McLaren em 2025 é sua capacidade de manter o carro funcionando no limite aerodinâmico, sem comprometer a refrigeração — algo que poucos rivais conseguem no Hungaroring. Enquanto outras equipes precisam abrir mão de downforce para manter o motor seguro, a McLaren segue forte nos dois aspectos.

A harmonia entre todos esses sistemas reforça o status do MCL39 como o carro a ser batido nesta fase do campeonato, especialmente em circuitos técnicos e exigentes como a Hungria.


Fonte: Formula1.com

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