Análise dos Treinos Livres do GP do México 2025: Verstappen lidera, McLaren domina ritmo de corrida e Ferrari mostra evolução

A sexta-feira no Autódromo Hermanos Rodríguez confirmou o que muitos esperavam: o GP do México 2025 será mais um capítulo intenso da batalha entre Red Bull e McLaren, com Ferrari e Mercedes logo atrás, prontas para aproveitar qualquer deslize.

Apesar das condições desafiadoras — pista quente, suja e com baixa aderência —, as duas horas de treinos livres revelaram tendências importantes sobre o desempenho de cada equipe. E os gráficos de desempenho de volta e ritmo de corrida ajudam a entender quem realmente está à frente neste fim de semana.

Red Bull: Verstappen rápido, mas preocupado com o ritmo de corrida

Max Verstappen voltou ao cockpit apenas no FP2, depois de ceder o carro a um novato no FP1, e imediatamente mostrou velocidade. O holandês liderou o segundo treino com 1m17.392s, superando Charles Leclerc por 0.153s.

A Red Bull trouxe uma nova atualização no assoalho, refinando o pacote estreado em Monza. O ganho foi claro nas curvas lentas (≈0.2s) e médias (≈0.1s), além de melhor eficiência aerodinâmica nas retas — vantagem que aparece no gráfico de Qualifying Simulation Pace, onde o time de Milton Keynes lidera por apenas 0.04s sobre a McLaren.

No entanto, os dados de Race Simulation Pace mostram o ponto fraco: a Red Bull foi 0.15s por volta mais lenta que a McLaren em ritmo de corrida, algo que Verstappen classificou como “uma grande preocupação”.
O time ainda tem tempo para reagir, mas a consistência da concorrência acende um alerta.

McLaren: forte em ritmo de corrida, mas equilíbrio ainda em ajuste

Mesmo sem atualizações recentes — o último grande pacote veio em Silverstone —, a McLaren segue sendo o carro mais completo em condições de corrida.
Nos treinos de sexta, Lando Norris ficou em quarto no FP2, mas os dados de telemetria indicam que, se tivesse juntado todos os setores ideais, teria liderado a sessão.

No gráfico de Ideal Lap Analysis, Norris e Leclerc aparecem como os únicos capazes de superar Verstappen caso suas melhores parciais fossem combinadas.

O problema segue sendo o mesmo: equilíbrio instável nas curvas de baixa, algo que tanto Norris quanto Piastri relataram. **** r Mesmo assim, no ritmo de corrida, o time papaya foi “de outro planeta”, nas palavras de Leclerc, dominando a simulação de long runs e liderando o gráfico abaixo.

Com esse desempenho, a McLaren entra no sábado como favorita em ritmo de prova, embora precise encontrar estabilidade para lutar pela pole.

Ferrari: melhora sólida, mas ainda meio segundo atrás

A Ferrari manteve uma sexta-feira consistente.
Leclerc liderou o FP1 e terminou o FP2 em 2º, com Hamilton em 5º. O Monegasco classificou o dia como “positivo”, mas admitiu que o time ainda está “um pouco atrás da Red Bull em baixa carga e da McLaren em alta carga”.

Os números confirmam: a Ferrari foi 0.34s mais lenta em ritmo de classificação e 0.35s em simulação de corrida, ficando na quarta posição em ambos os cenários.
Ainda assim, Hamilton destacou que há margem de evolução — especialmente no uso dos pneus macios.

A Scuderia acredita que pode brigar por um pódio se conseguir equilibrar a degradação dos pneus com a eficiência do DRS nas retas longas.

Mercedes: a caminho de uma briga de quatro forças

A Mercedes apresentou solidez em ambas as sessões, ficando 0.16s atrás da Red Bull em ritmo de volta única e 0.30s no ritmo de corrida — números suficientes para colocar a equipe na luta pelo pódio.
Kimi Antonelli, mais uma vez, impressionou ao figurar no top 3 em ambas as simulações, enquanto George Russell manteve constância nos long runs.

A equipe também demonstrou bom equilíbrio entre setores lentos e médios, mostrando-se apenas ligeiramente mais lenta nas retas.
Se conseguir otimizar a gestão térmica dos pneus, os prateados podem entrar de vez na disputa com Ferrari e Red Bull no domingo.

📊 Panorama geral — sexta-feira no México

O cenário está equilibrado:

• Verstappen tem a velocidade pura;
• McLaren domina o ritmo de corrida;
• Ferrari e Mercedes prometem ser as surpresas estratégicas.

Com a altitude de 2.200m afetando o resfriamento e o grip, a classificação de sábado deve ser decidida nos detalhes — ou na volta perfeita.

Fonte: Formula1.com