Audi pode estrear na F1 com motor até 30 cv mais fraco que o da Mercedes, aponta relatório
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Fonte da imagem: PlanetF1.comA Audi pode estrear na Fórmula 1 em 2026 com um déficit de até 31 cavalos em relação à Mercedes, segundo informações da imprensa italiana repercutidas pelo PlanetF1.com.
O dado faz parte de uma série de rumores sobre os primeiros testes de dinamômetro (dyno) das novas unidades de potência híbridas, que estrearão na próxima temporada sob o novo regulamento técnico e energético da F1.
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Mercedes novamente à frente na nova era híbrida
O relatório indica que a Mercedes teria atingido 420 kW (aproximadamente 571 cv) com seu novo motor de combustão interna — enquanto a Audi teria “quebrado a barreira dos 400 kW”, operando entre 540 e 550 cv.
A diferença, de 21 a 31 cv, coloca a Audi em um nível similar ao que a Renault ocupava em relação às líderes durante a era híbrida atual (2014–2025).
Embora os números ainda não sejam oficiais, as informações teriam surgido de fontes “muito próximas aos testes de fábrica”, com técnicos “farejando o ar” dos laboratórios onde as fabricantes conduzem seus programas de desenvolvimento para 2026.
O cenário reacende memórias de 2014, quando a Mercedes dominou o início da era híbrida com uma unidade de potência muito superior à dos rivais — desempenho que resultou em oito títulos consecutivos de construtores e sete de pilotos entre Lewis Hamilton e Nico Rosberg.
O foco da Audi: confiabilidade antes da potência
A Audi F1, que assume integralmente a equipe Sauber a partir do próximo ano, será uma das cinco fornecedoras oficiais de motores em 2026, ao lado de Mercedes, Ferrari, Honda e Red Bull Powertrains-Ford.
Segundo o chefe da equipe, Jonathan Wheatley (ex-diretor esportivo da Red Bull), o desenvolvimento do motor segue dentro do cronograma e o foco no momento é garantir confiabilidade antes de buscar desempenho.
“Nosso programa de dinamômetro está no prazo. É um pouco cedo para falar em performance, mas os testes têm sido consistentes. A integração entre motor e chassi deve começar em dezembro”, afirmou Wheatley durante o GP do Azerbaijão.
Essa estratégia segue a linha adotada por Mattia Binotto, atual diretor técnico e de operações do projeto Audi F1, que defende um processo de evolução gradual: primeiro a robustez do sistema híbrido, depois a potência.
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Mudanças na equipe e reforços estratégicos
O programa da Audi deve ganhar impulso nos próximos meses com a chegada de Wolf Zimmermann e Lars Schmidt, engenheiros da Ferrari responsáveis pela área de desenvolvimento do motor de combustão (ICE).
Ambos devem se juntar ao projeto após concluírem o desenvolvimento da unidade 2026 da Scuderia.
A dupla reencontrará Binotto, ex-chefe da Ferrari e agora figura central na Audi F1.
Essa união de ex-engenheiros da equipe italiana tem gerado curiosidade no paddock, especialmente porque Zimmermann teria sido o autor de um cabeçote de aço inovador — descartado pela Ferrari por questões de confiabilidade, mas revisado e aprimorado pela Audi para seu próprio motor.
O centro técnico da Audi, em Neuburg (Alemanha), é o mesmo que desenvolveu carros como o R18 e-tron e o RS Q e-tron — ambos símbolos de sucesso em endurance e rally.
A expectativa é que essa experiência em sistemas híbridos avançados dê à marca uma vantagem em eficiência energética e integração eletrônica.
Concorrência acirrada entre os fabricantes
Enquanto isso, Ferrari e Honda continuam em perseguição à Mercedes, com a fabricante japonesa apontada como a segunda mais avançada no cronograma de testes.
A Ferrari, por sua vez, trabalha em um sistema de admissão “revolucionário e ultrassecreto”, que substituirá o projeto de cabeçote metálico rejeitado.
Do lado da Red Bull Powertrains-Ford, o progresso é incerto.
O chefe de equipe Laurent Mekies reconheceu que seria “ingênuo esperar” que o novo motor iguale Mercedes e Ferrari logo na estreia:
“Esperar que nossa unidade rivalize de imediato com as melhores seria um erro. Precisamos de tempo para amadurecer o projeto”, declarou Mekies.
Christian Horner, seu antecessor, chegou a dizer que seria “embaraçoso” se a Red Bull-Ford superasse fabricantes tradicionais em potência logo no primeiro ano.
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Top speed e o papel da aerodinâmica ativa
O chefe da Mercedes, Toto Wolff, reforçou o otimismo ao sugerir que as novas unidades de potência, combinadas às aerodinâmicas ativas, poderão atingir velocidades próximas de 400 km/h em determinadas configurações.
Essa estimativa, embora ambiciosa, ilustra o impacto que o novo conceito de carros híbridos com asas móveis deve causar em 2026 — com os carros alternando entre modos de alta e baixa carga aerodinâmica ao longo de uma volta.
Ainda não há confirmação de que outras fabricantes tenham atingido valores semelhantes em suas simulações, mas a FIA já reconheceu que alguns fabricantes enfrentam dificuldades técnicas significativas com as novas exigências de 2026.
FIA cria “rede de segurança” para os fabricantes atrasados
Para evitar desequilíbrios de performance entre os novos motores, a FIA introduziu recentemente o programa Additional Development and Upgrade Opportunities (ADUO) — um mecanismo de compensação técnica e financeira para ajudar fabricantes atrasados.
Entre as medidas estão:
- Mais horas de desenvolvimento em dinamômetro;
- Alívio parcial no teto orçamentário dos motores;
- E mudanças pontuais de homologação durante a temporada.
Essas regras devem garantir que Audi, Red Bull-Ford e Ferrari tenham tempo e recursos para reduzir o atraso em relação à Mercedes antes do início do campeonato de 2026.
Fonte: PlanetF1.com
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