Regras de 2026 na F1 podem tornar carros menos prazerosos, mas mais desafiadores aos pilotos
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Regras de 2026 na F1 podem tornar carros menos prazerosos, mas mais desafiadores aos pilotos
As novas regras da Fórmula 1 para 2026 têm provocado reações negativas entre os pilotos. Segundo nomes como Max Verstappen, Charles Leclerc e Lance Stroll, os carros da próxima geração são menos prazerosos de guiar e mais estranhos de pilotar, segundo simulações já realizadas.
Porém, apesar do tom crítico, os efeitos dessas mudanças podem ter um resultado surpreendente: devolver maior protagonismo ao talento puro do piloto.
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Menos aerodinâmica, mais energia e curvas lentas
O novo regulamento técnico promete carros um segundo mais lentos, mas com características bem diferentes: menos downforce para priorizar eficiência em retas e zonas de frenagem mais extensas para permitir maior recuperação de energia para as baterias.
O resultado são curvas mais longas e lentas, além de uma pilotagem com ênfase pesada na gestão energética, o que pode gerar estratégias pouco usuais como reduções de marcha antecipadas ou aceleração fora do padrão.
Os pilotos reclamam da perda de aderência e do comportamento estranho dos carros, mas a FIA vem ajustando os parâmetros de uso da energia com base nesses feedbacks. Nikolas Tombazis, diretor de monopostos da FIA, afirma que o trabalho conjunto com as equipes tornou o sistema de energia mais transparente e equilibrado para o piloto.
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Carros que pedem mais do piloto?
O ponto curioso é que, embora os carros pareçam menos prazerosos, eles podem realçar o diferencial entre os pilotos. Com menos apoio aerodinâmico em curvas rápidas, trechos como Copse (Silverstone) e Campsa (Barcelona) devem deixar de ser contornados em velocidade máxima e passar a exigir maior habilidade.
Além disso, como curvas lentas ganham mais importância em termos de tempo por volta, a pilotagem precisa e técnica volta a fazer diferença — algo diluído na era atual dos carros de efeito solo, pesados e extremamente eficientes em alta velocidade.
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Segundo Tombazis, os carros de 2026 também serão um pouco mais leves, o que pode amenizar uma das críticas frequentes: a falta de agilidade dos modelos atuais.
Pilotos resistem, mas adaptação é inevitável
Mesmo com possíveis ganhos em competitividade, o fato é que nenhum piloto ficará feliz em pilotar um carro mais lento e com menos aderência. Tombazis relembra que, em 2022, críticas semelhantes surgiram com a introdução da nova geração de carros com efeito solo.
“Não espero que digam que tudo está perfeito. É uma mudança, e toda mudança exige adaptação”, afirmou.
A realidade é que, apesar das críticas iniciais, os novos carros podem oferecer um desafio mais puro e técnico aos pilotos, devolvendo parte do protagonismo perdido para a aerodinâmica extrema das últimas temporadas. Resta saber se o espetáculo — e o prazer de guiar — acompanhará essa transição.
Fonte: TheRace.com
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