Exclusivo: FIA pode liberar uso de asas flexíveis na Fórmula 1 a partir de 2026

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FIA estuda permitir asas flexíveis em 2026, desde que seguras. A mudança pode redefinir o equilíbrio aerodinâmico dos carros na nova era da Fórmula 1.Fonte da imagem: Motorsport.com.br

A FIA pode autorizar o uso de asas flexíveis na Fórmula 1 a partir de 2026, em um movimento que promete mudar novamente o panorama técnico da categoria.
De acordo com informações obtidas pelo Motorsport.com, a proposta está sendo discutida entre as equipes e tende a avançar, desde que as estruturas passem por testes rigorosos de segurança.

Com a chegada da aerodinâmica ativa no novo regulamento, a entidade e os times avaliam que liberalizar a flexibilidade das asas pode simplificar o controle técnico e, ao mesmo tempo, abrir espaço para inovações legítimas.

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Um velho problema, uma nova abordagem

Desde o GP da Espanha deste ano, a FIA endureceu os testes de deflexão e carga nas asas dianteiras e traseiras, obrigando as equipes a reforçarem a rigidez das peças.
Entretanto, as câmeras do órgão voltaram a registrar flexões visíveis meses depois — sinal de que as equipes encontraram novas formas de contornar as limitações.

A questão não é nova: a “guerra das asas flexíveis” existe há mais de uma década e já envolveu protestos, desclassificações e mudanças de teste em diversas temporadas.
Agora, o argumento dentro do paddock é pragmático: se não é possível eliminar completamente a flexibilidade, melhor controlá-la dentro de parâmetros definidos.

“Se não há como conter o problema, o melhor é transformar em um desafio técnico aberto, desde que seguro”, revelou um engenheiro consultado pelo site.

A ideia, segundo fontes próximas à FIA, é que as asas sejam incluídas nos protocolos de crash test, semelhantes aos usados em estruturas de impacto.
Assim, cada peça poderia flexionar dentro de um limite, mas sem risco de falha estrutural.

Flexibilidade sob supervisão

A proposta prevê que cada fabricante desenhe asas com o grau de flexibilidade que desejar — desde que as mesmas passem em testes padronizados de carga e resistência.
Esses ensaios garantiriam que nenhum componente pudesse colapsar em velocidade, mas permitiriam variações sutis na deformação dos perfis aerodinâmicos.

“Você cria um teste de carga em que a asa pode flexionar, mas não ceder. A partir daí, é livre para otimizar o material e o comportamento elástico”, explicou um dos técnicos envolvidos nas discussões.

Esse modelo de “autonomia controlada” poderia reduzir significativamente o número de polêmicas e protestos que surgem a cada nova interpretação do regulamento — um problema recorrente desde 2010, quando Red Bull e Mercedes começaram a explorar zonas cinzentas do livro técnico.

Por que 2026 pode mudar tudo

O novo regulamento da F1, que entra em vigor em 2026, trará carros com aerodinâmica ativa e divisão de potência 50/50 entre motor elétrico e combustão.
Nessa configuração, o arrasto (resistência ao ar) se torna um dos maiores inimigos do desempenho — e as asas flexíveis podem ser a chave para otimizar a eficiência energética.

O sistema SLM (Straight Line Mode) permitirá que as asas abram parcialmente nas retas para reduzir a resistência e aumentar a velocidade.
Mas, mesmo com esse recurso, as equipes querem explorar a deformação natural do material para atingir níveis ainda mais baixos de arrasto sem comprometer a estabilidade.

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“Os engenheiros são obcecados por redução de arrasto”, comentou um técnico de uma equipe de ponta.
“Se podemos ter perfis que se ajustem naturalmente à carga aerodinâmica, teremos ganhos de performance e eficiência de combustível.”

Além de melhorar o consumo, a redução do arrasto também favorece a regeneração de energia elétrica, essencial para manter as baterias carregadas durante corridas longas.

Um “vale-tudo” técnico com regras claras

Se aprovada, a liberação das asas flexíveis criaria um novo campo de batalha entre as equipes, em que o conhecimento sobre materiais e dinâmica estrutural seria tão importante quanto a aerodinâmica pura.

Os engenheiros já estudam novas tramas de fibra de carbono, capazes de reagir de forma previsível às forças aerodinâmicas e retornar ao formato original sem deformações permanentes — algo que poderia gerar vantagem tanto em retas quanto em curvas de alta.

No entanto, o fator tempo pesa.
Com a estreia do novo regulamento marcada para março de 2026, as equipes precisam definir os detalhes técnicos ainda em 2025 para que as soluções possam ser testadas em túnel de vento e simuladores.

Menos polêmica, mais inovação

Caso o plano avance, a FIA deixaria de policiar minuciosamente cada variação de rigidez — um ponto de tensão constante nos últimos anos — e passaria a atuar como guardião da segurança e da integridade das peças.
Isso permitiria que a flexibilidade deixasse de ser uma “zona cinzenta” e se tornasse parte oficial da engenharia dos carros.

Para a categoria, a mudança representa uma modernização pragmática do regulamento, alinhada ao espírito da nova era híbrida: mais liberdade técnica, dentro de limites seguros e sustentáveis.


Fonte: Motorsport.com.br

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