O Grande Prêmio da Cidade do México 2025 promete ser um dos mais emocionantes da reta final da temporada.
Com apenas 40 pontos separando os três primeiros colocados do campeonato, e uma sequência intensa de corridas, o clima é de máxima tensão entre McLaren, Red Bull e Ferrari.

Além da disputa pelo título, o fim de semana traz estreias de jovens pilotos, rivalidades renovadas e o sempre desafiador cenário de altitude extrema do Autódromo Hermanos Rodríguez.

Confira as cinco principais histórias que tornam o GP do México imperdível.

1️⃣ McLaren busca reação imediata

A McLaren chega ao México sob pressão.
Depois de um fim de semana difícil em Austin, Oscar Piastri viu sua vantagem cair para 40 pontos sobre Max Verstappen, que vem em uma fase avassaladora — tirando 64 pontos do australiano nas últimas quatro etapas.

O time de Woking ainda tem um carro rápido, mas precisa provar isso novamente.
Enquanto Lando Norris mostrou ritmo semelhante ao de Verstappen no Texas, Piastri teve mais dificuldades, principalmente em ritmo de corrida.

A equipe confia que uma boa performance no México pode virar a maré e aliviar a pressão que cresce a cada corrida.
Verstappen, por sua vez, sabe que não pode errar — e já afirmou que “precisa ser perfeito” em todas as provas para continuar vivo na luta pelo título.

2️⃣ Rivalidade nos bastidores: McLaren x Red Bull

A disputa entre os pilotos também se reflete fora da pista.
Em Austin, a Red Bull foi multada em €50.000 por um incidente curioso: um membro da equipe entrou na área de acesso do pit wall para remover uma fita colocada pela McLaren, usada como referência para o posicionamento no grid.

Embora o gesto não tenha sido ilegal — e o chefe da Red Bull, Laurent Mekies, tenha alegado mal-entendido —, o episódio aumentou o clima de tensão entre as equipes.
Nos bastidores, há quem veja o caso como uma tentativa de provocação sutil, algo comum quando o campeonato chega à sua reta final.

Com as rivalidades inflamadas e cada detalhe podendo fazer diferença, o duelo McLaren x Red Bull promete continuar quente nas últimas corridas do ano.

3️⃣ Ferrari pode surpreender novamente

Após um início de temporada difícil, a Ferrari mostrou sinais de recuperação em Austin, com Charles Leclerc terminando em terceiro e Lewis Hamilton logo atrás, em quarto.
Mesmo sem vitórias em 2025, o time italiano chega ao México confiante: no ano passado, Carlos Sainz venceu justamente nesta pista, após Leclerc conquistar a pole position.

Os engenheiros de Maranello acreditam que o SF-25 pode funcionar bem nas condições de alta altitude, especialmente se a equipe acertar o equilíbrio aerodinâmico — um ponto-chave nesta etapa.

Se o desempenho for consistente desde os treinos, a Ferrari pode entrar na briga pela vitória e repetir o bom desempenho do fim de 2024.

4️⃣ FP1 repleto de estreias

O GP do México também será palco para diversos jovens pilotos ganharem suas primeiras voltas em um carro de F1.
Por não ser uma corrida sprint, o circuito mexicano é ideal para as equipes cumprirem a exigência da FIA de dar sessões de FP1 a estreantes.

Entre os nomes confirmados estão:

• Jak Crawford (Aston Martin) — estreia em casa e motivo de orgulho para os fãs americanos;
• Luke Browning (Williams) — rival de Crawford na F2, terá nova chance de mostrar serviço;
• Pato O’Ward (McLaren) — o herói local, que volta ao cockpit com a torcida mexicana a seu favor.

Além disso, Colton Herta, antigo rival de O’Ward na IndyCar, teve sua contratação confirmada para disputar a F2 em 2026 — mais uma peça se movendo no tabuleiro de futuros talentos da F1.

5️⃣ O desafio único do Autódromo Hermanos Rodríguez

Entre os 24 circuitos da temporada, o México é um dos mais desafiadores tecnicamente.
Localizado a 2.200 metros de altitude, o autódromo apresenta ar rarefeito, que afeta tanto a aerodinâmica quanto o resfriamento dos motores.

Mesmo com asas configuradas para alta carga — semelhantes às usadas em Mônaco —, os carros se comportam como se estivessem em Monza, com pouca aderência e muito deslizamento.
Além disso, a densidade do ar reduz o fluxo de oxigênio para o motor, impactando a potência e exigindo maior cuidado com temperatura e confiabilidade.

Os pilotos precisam administrar bem o ritmo: quem força demais pode superaquecer o carro, e quem segura demais perde tempo.
Tudo isso acontece diante de uma das torcidas mais vibrantes do mundo, especialmente na icônica seção do Foro Sol, que se transforma em um estádio de celebração no fim da corrida.

O GP da Cidade do México de 2025 combina disputa acirrada no campeonato, condições extremas de pilotagem e grandes histórias humanas.
Com McLaren, Red Bull e Ferrari no limite e jovens talentos em cena, o fim de semana promete ser um dos mais intensos da temporada.

Fonte: Formula1.com