Ferrari prepara motor de 2026 com sistema de admissão secreto e foco em eficiência térmica

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A Ferrari testa soluções para o motor de 2026 e desenvolve um sistema de admissão mantido em sigilo, focado na dinâmica dos fluídos e no controle térmico do novo conjunto híbrido.Fonte da imagem: Motorsport.com.br

A Ferrari já iniciou os testes de componentes do carro de 2026, e entre as novidades mais comentadas nos bastidores está um sistema de admissão “supersecreto” para o novo motor híbrido.
Segundo informações do Motorsport.com Itália, a Scuderia desenvolve um cabeçote de alumínio com um sistema interno de fluxo de ar e combustível completamente reformulado, que promete aumentar a eficiência térmica do conjunto.

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Mudança total no conceito de unidade de potência

A Fórmula 1 passará em 2026 por uma das maiores revoluções técnicas de sua história recente.
As novas regras determinam que 50% da potência virá da eletrificação, com o MGU-K (gerador elétrico) atingindo até 350 kW (470 cv) — quase o triplo da capacidade atual.

Essa mudança forçará todas as fabricantes a repensar a integração entre combustão e sistema elétrico, além de exigir um controle térmico muito mais refinado, já que as baterias passarão por ciclos mais rápidos de carga e descarga, elevando drasticamente as temperaturas internas.

Segundo a Gazzetta dello Sport, a Ferrari está priorizando a dinâmica de fluidos e o sistema de resfriamento interno para garantir estabilidade mesmo sob maior demanda elétrica.
A equipe trabalha em novos dutos de ar e líquidos de refrigeração de alta condutividade, capazes de dissipar o calor gerado pela unidade híbrida sem comprometer o desempenho.

Do aço ao alumínio — e o abandono do projeto de Zimmermann

Inicialmente, o projeto do motor 2026 da Ferrari previa um cabeçote em aço, idealizado por Wolf Zimmermann, então chefe de pesquisa e desenvolvimento de motores da Scuderia.
A proposta, considerada “altamente inovadora”, prometia ganhos de rigidez e durabilidade — mas foi abandonada após problemas de confiabilidade identificados nos primeiros testes.

Zimmermann, que deve se transferir para a Audi F1 ainda neste ano, foi o mentor de várias soluções avançadas de combustão e injeção nos últimos motores da Ferrari.
Com sua saída, a Scuderia optou por uma solução mais leve e segura, em liga de alumínio, agora combinada ao tal sistema de admissão confidencial, descrito internamente como um dos projetos mais protegidos da fábrica de Maranello.

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Acredita-se que esse sistema utilize rotas assimétricas de admissão, capazes de melhorar a mistura ar-combustível e reduzir perdas de energia por calor — tecnologia já vista em protótipos de Le Mans, mas nunca aplicada em motores de F1.

Testes já começaram — e 2025 serve como laboratório

De acordo com fontes próximas à equipe, a Ferrari já iniciou testes de componentes do sistema híbrido em bancadas dinâmicas e deve levar parte dessas soluções a pista ainda em 2025, como forma de simular o comportamento térmico esperado com a nova configuração de potência.

Lewis Hamilton, que estreou pela Ferrari nesta temporada, resumiu a filosofia da equipe antes do GP dos Estados Unidos:

“As últimas corridas de 2025 serão, na prática, um teste para 2026. Tudo o que fizermos agora precisa gerar aprendizado para o novo carro.”

A Scuderia também pretende avaliar novos elementos de suspensão nas etapas restantes do campeonato. Essas atualizações devem ajudar a entender como a distribuição de peso e a dissipação de energia interagem com o novo conjunto híbrido, mais pesado e potente.

Ferrari mira eficiência e estabilidade no novo regulamento

O trabalho de 2026 está centrado em três pilares de desenvolvimento:

  1. Eficiência térmica: manter o motor dentro de temperaturas ideais, mesmo com maior exigência elétrica.
  2. Integração híbrida: otimizar a transição entre energia de combustão e regeneração elétrica.
  3. Confiabilidade: garantir que a unidade suporte uma temporada completa de 24 corridas com apenas quatro motores.

Internamente, a Ferrari enxerga 2026 como a oportunidade de zerar as diferenças para Mercedes e Red Bull, que atualmente dominam os rankings de potência e eficiência energética.

“Será um desafio técnico gigantesco, mas também uma chance de recomeço”, comentou um engenheiro da Scuderia ao Motorsport.com Itália.
“Estamos aprendendo com erros do passado e apostando em soluções mais limpas e seguras.”

A nova era começa agora

Com o novo regulamento combinando aerodinâmica ativa, combustíveis sustentáveis e motores híbridos mais equilibrados, a F1 entra em uma fase em que a integração entre software e engenharia térmica será tão decisiva quanto a potência pura.
A Ferrari, que historicamente se destaca em inovação mecânica, aposta no segredo de Maranello — um sistema de admissão que pode redefinir o desempenho dos motores da nova geração.


Fonte: Motorsport.com.br

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