Pirelli explica salto inédito nos compostos de pneus para Austin e México

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Mario Isola, diretor da Pirelli, detalha por que a fornecedora decidiu pular compostos de pneus nos GPs dos EUA e do México, apostando em maior variação estratégica e corridas mais imprevisíveis.Fonte da imagem: Formula1.com

Pirelli explica salto inédito nos compostos de pneus para Austin e México

A Pirelli promete agitar a reta final da temporada 2025 com uma mudança estratégica em suas escolhas de pneus para os GPs dos Estados Unidos e do México.
A fornecedora italiana confirmou que, em ambas as etapas, será adotado um salto entre compostos, uma prática incomum que altera o equilíbrio entre desempenho e durabilidade — e que deve impactar diretamente as estratégias de corrida.

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Estratégia ousada: pular compostos para criar contrastes

Nos Estados Unidos, em Austin, a Pirelli disponibilizará os pneus C1 (duro), C3 (médio) e C4 (macio)pulando o C2.
Já no México, a escolha será C2 (duro), C4 (médio) e C5 (macio), saltando o C3 intermediário.

Essa abordagem não é inédita: a primeira experiência ocorreu em Spa-Francorchamps, no GP da Bélgica, mas as condições de chuva impediram uma análise completa.
Mesmo assim, o resultado foi considerado promissor o suficiente para ser repetido.

“O objetivo é sempre o mesmo: criar variação de estratégias entre uma e duas paradas. Com o salto de compostos, os times precisam escolher entre pneus mais duráveis, mas lentos, e opções mais rápidas, porém com desgaste acentuado”, explicou Mario Isola, diretor de automobilismo da Pirelli.

Segundo ele, a diferença maior entre o composto duro e o médio aumenta a incerteza estratégica:

“Se uma equipe optar pelo duro, buscando uma parada única, será penalizada pelo ritmo mais lento. Já quem for agressivo e fizer duas paradas pode aproveitar o médio e o macio, que são bem mais rápidos.”

Por que Austin e México?

A escolha dos circuitos não foi aleatória. Ambos combinam asfalto abrasivo, curvas longas e diferenças significativas de temperatura — o que torna difícil encontrar um equilíbrio ideal entre aderência e degradação.

Em Austin, o Circuito das Américas é conhecido por exigir muito dos pneus dianteiros, especialmente nas curvas de alta velocidade do primeiro setor. Já o Autódromo Hermanos Rodríguez, na Cidade do México, apresenta o desafio da altitude, que afeta o resfriamento e a pressão interna dos pneus.

De acordo com Isola, simulações da Pirelli mostraram que a estratégia de duas paradas tende a ser mais rápida nessas pistas:

“Nossos modelos indicam que o tempo total de corrida com duas paradas será alguns segundos menor do que com apenas uma. No entanto, quando as duas opções são parecidas em tempo, as equipes preferem a mais conservadora. Por isso, decidimos aumentar o contraste entre os compostos.”

A ideia é forçar as equipes a tomar decisões mais arriscadas, abrindo espaço para estratégias diferentes e resultados imprevisíveis.

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Impacto no fim de semana Sprint

O GP dos Estados Unidos será um dos últimos fins de semana com formato Sprint de 2025, o que adiciona uma camada extra de complexidade.
Com apenas uma sessão de treinos antes da classificação Sprint, os times terão menos tempo para entender o comportamento dos pneus — especialmente com um intervalo de desempenho mais amplo entre eles.

Isso pode levar a escolhas ousadas já no sábado, com pilotos arriscando usar o composto macio em busca de uma boa posição, mesmo sabendo que o desgaste pode ser decisivo no domingo.

Um experimento que pode definir 2026

A Pirelli vê esse formato como um teste prático para o regulamento de 2026, que deve trazer carros mais leves e sistemas híbridos com regeneração mais eficiente.
Com a nova dinâmica de energia e menor peso total, o comportamento dos pneus também mudará, e entender como os compostos reagem em diferentes condições é essencial para o futuro.

“Estamos aprendendo muito sobre como o salto de compostos afeta o equilíbrio entre ritmo e durabilidade. É um passo importante para definir nossa abordagem no próximo ciclo de regulamentos”, completou Isola.

Com Austin e México prometendo corridas estratégicas e imprevisíveis, a aposta da Pirelli pode render o que os fãs mais gostam: disputas reais de ritmo e táticas diferentes até a bandeirada final.


Fonte: Formula1.com

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