A queda de Christian Horner: os bastidores da maior reviravolta da história da Red Bull na F1

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Após 20 anos à frente da Red Bull Racing, Christian Horner deixa o cargo em meio a crises internas, perda de performance e pressão da família Verstappen. Entenda tudo: https://www.boxbox-radio.com/blog/2025/analises/queda-christian-horner-red-bullFonte da imagem: TheRace.com

A queda de Christian Horner: os bastidores da maior reviravolta da história da Red Bull na F1

A saída repentina de Christian Horner da Red Bull Racing marca o fim de uma das eras mais dominantes da Fórmula 1. Após duas décadas no comando — com 14 títulos mundiais e 124 vitórias —, o britânico foi afastado de todas as suas funções operacionais, sendo imediatamente substituído por Laurent Mekies, ex-chefe da Racing Bulls.

Embora o anúncio tenha causado choque no paddock, os sinais de desgaste vinham se acumulando há três anos. Mais do que um escândalo pontual, a queda de Horner parece ser o resultado de uma sucessão de falhas estratégicas, perdas internas e a crescente pressão por parte da família Verstappen.

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O começo do fim

Em 2024, mesmo com Max Verstappen conquistando seu quarto título consecutivo, a Red Bull perdeu terreno para a McLaren, que assumiu o posto de equipe dominante. Em 2025, a situação se agravou: a escuderia se manteve em segundo plano, e a dependência de Verstappen para extrair o máximo de um carro cada vez mais difícil de pilotar tornou-se evidente.

Internamente, o ambiente também se deteriorava. A tensão entre Horner e figuras próximas a Verstappen — como seu pai Jos e o consultor Helmut Marko — ganhou força. A percepção de que Horner centralizava poder em Milton Keynes foi acentuada com as saídas de nomes-chave como Adrian Newey e Jonathan Wheatley.

Além disso, decisões controversas, como a renovação cara com Sergio Pérez seguida de sua substituição por Liam Lawson (que durou apenas duas corridas), minaram a credibilidade do comando técnico.

Um cenário insustentável

Embora tenha sobrevivido a uma investigação pessoal em 2024, Horner passou a ocupar uma posição vulnerável, com crescente descontentamento interno e externos rumores de saída de Verstappen para a Mercedes. O ambiente parecia prestes a explodir — como Jos Verstappen previu ainda no GP do Bahrein de 2024: “a Red Bull vai desmoronar sob o comando de Horner”.

A saída de Horner, assim, parece ser uma tentativa da diretoria da Red Bull de estancar a crise e reconquistar a confiança do clã Verstappen. Embora Max nunca tenha pedido publicamente a demissão do chefe, também nunca o defendeu, inclusive durante seu problema disciplinar no início de 2024.

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Impacto e futuro da Red Bull

A saída de Horner rompe também a parceria com Pierre Wache, diretor técnico visto com ceticismo por Verstappen. Isso pode abrir caminho para uma reestruturação mais profunda, com foco em devolver à Red Bull a competitividade técnica que a consagrou.

A nova liderança com Laurent Mekies tende a concentrar esforços em estabilizar a equipe, algo que há muito tempo parecia luxo em Milton Keynes. No curto prazo, a prioridade será manter Verstappen — que possui cláusulas que podem permitir sua saída ao fim da temporada — e recolocar a equipe na disputa direta com McLaren e Ferrari.

Horner, por sua vez, deixa um legado imenso e controverso. Figura carismática e polêmica, foi essencial na construção de uma das maiores potências da era moderna da F1. Sua ausência abrirá espaço para uma nova dinâmica de poder dentro da Red Bull — mais corporativa, menos centrada em uma figura única.


Fonte: TheRace.com

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