Os pneus mais duros estão de volta para o GP da Espanha: desafios técnicos, estratégia e história do Circuito de Barcelona

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O GP da Espanha marca o retorno dos pneus mais duros da Pirelli e promete grandes atualizações das equipes. Veja detalhes técnicos e históricos: https://www.boxbox-radio.com/blog/2025/destaque/pneus-duros-gp-espanha-2025Fonte da imagem: Pirelli

Os pneus mais duros estão de volta para o GP da Espanha: desafios técnicos, estratégia e história do Circuito de Barcelona

O Grande Prêmio da Espanha 2025, no Circuito de Barcelona-Catalunya, chega com o retorno da gama mais dura de pneus da Pirelli: C1 (duro), C2 (médio) e C3 (macio). A escolha se justifica pelo traçado técnico e exigente, caracterizado por curvas rápidas como a 3 e a 9, que impõem altas cargas laterais, especialmente sobre o pneu dianteiro esquerdo.

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Circuito de Barcelona - Preview

  • Gamas disponíveis: C1, C2 e C3
  • Voltas: 66
  • Cumprimento: 4.657 KM
  • Distância da corrida: 307.236 KM
  • Recorde de volta: 1:16.330 - Max Verstappen (2023)

Dados técnicos

  • Tração: 3
  • Aderência do Asfalto: 3
  • Abrasão do Asfalto: 4🔺
  • Evolução da pista: 3
  • Estresse nos pneus: 5 🔺
  • Frenagem: 3
  • Lateral: 5 🔺
  • Downforce: 4 🔺

Os carros utilizam pneus de 18 polegadas, com limites de cambagem de -3,00º na dianteira e -1,75º na traseira. As pressões mínimas iniciais são de 26,0 psi na frente e 22,0 psi atrás (sujeitas a alterações após o FP2). A evolução da pista ao longo do final de semana é considerada significativa, e a abrasividade do asfalto é média a alta.

Desafios técnicos e regulatórios

Este GP marca também a entrada em vigor de uma nova diretriz técnica da FIA sobre a flexibilidade das asas, o que pode impactar o desempenho de alguns carros. Tradicionalmente, Barcelona é um local preferido para atualizações importantes, justamente por ser um dos traçados mais completos, com curvas de alta, média e baixa velocidade, exigindo máxima eficiência aerodinâmica e mecânica.

Além disso, após as duas últimas etapas com a gama mais macia de pneus, a escolha pela gama mais dura traz um novo desafio estratégico. Com as revisões nas características dos compostos para 2025 — especialmente no C2 —, a diferença de desempenho entre eles está mais equilibrada, o que pode favorecer o uso dos pneus médio e macio na corrida.

Histórico recente e expectativas

Em 2024, uma estratégia de duas paradas foi predominante. Todos, exceto Alex Albon, largaram com pneus macios, utilizando até os três compostos ao longo da prova. Max Verstappen venceu, seguido por Lando Norris e Lewis Hamilton, todos cruzando a linha com um segundo jogo de pneus macios.

Este ano, além das disputas usuais, haverá testes de desenvolvimento da Pirelli nos dias 3 e 4 de junho, focados na temporada 2026. Participam Mercedes (ambos os dias), Racing Bulls (terça) e Red Bull (quarta).

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Modificações no traçado

Desde sua estreia em 1991, o traçado passou por várias alterações, especialmente na parte final, para facilitar ultrapassagens. A mais significativa foi a criação de uma chicane em 2007, eliminada em 2023, retornando à configuração original, com curvas rápidas que antecedem a longa reta dos boxes, uma das maiores do calendário.

Os pilotos enfrentam 14 curvas (oito à direita e seis à esquerda), com destaque para as curvas 3 e 9, que exigem altíssima carga aerodinâmica.

A importância da superfície da pista

Pirelli realiza medições precisas da micro e macro-rugosidade da pista, essenciais para entender o nível de aderência e desgaste dos pneus. A micro-rugosidade avalia a textura dos grânulos de pedra; quanto maior, mais áspero e abrasivo o asfalto. A macro-rugosidade mede irregularidades maiores, como ondulações, que impactam diretamente na aderência e no comportamento dos compostos.

Esse levantamento é feito anualmente e alimenta modelos de simulação que auxiliam equipes e fabricante na preparação para o evento.

Curiosidades e estatísticas

O GP da Espanha celebra sua 55ª edição. Antes de Barcelona, outras quatro pistas sediaram a prova: os circuitos urbanos de Pedralbes (1951 e 1954) e Montjuic Park (1969 a 1975, anos ímpares), além de Jarama, próximo a Madri (1968, 1970, 1972, 1976-1979, 1981) e Jerez de la Frontera (1986-1990). A Espanha também recebeu sete Grandes Prêmios da Europa: dois em Jerez (1994 e 1997) e cinco em Valência (2008-2012).

Michael Schumacher e Lewis Hamilton são os maiores vencedores, com seis triunfos cada no GP espanhol. Schumacher lidera em poles (7) e pódios (12), números que compartilha com Hamilton. A Ferrari é a equipe mais vitoriosa, com 12 triunfos na Espanha e duas vitórias adicionais como equipe no GP da Europa em Valência.

Quatro pilotos conquistaram sua primeira vitória na F1 em solo espanhol: Niki Lauda (1974), Jochen Mass (1975), Pastor Maldonado (2012) e Max Verstappen (2016).


Fonte: Pirelli

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