Chuva em Spa pode atrapalhar plano da Pirelli para tornar estratégias mais imprevisíveis na F1
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Chuva em Spa pode atrapalhar plano da Pirelli para tornar estratégias mais imprevisíveis na F1
Uma das experiências mais ousadas da Pirelli para 2025 pode não sair como o planejado. A fornecedora de pneus da Fórmula 1 havia programado um teste estratégico no GP da Bélgica com o objetivo de tornar as corridas menos previsíveis. Mas a instabilidade climática nas Ardenas pode colocar tudo em risco.
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Uma nova combinação para embaralhar o jogo
O plano da Pirelli era simples: dificultar o uso das já tradicionais estratégias de uma única parada. Para isso, ao invés de repetir o trio C2-C3-C4 do ano passado, a empresa optou por escalar o C1 como o pneu duro, mantendo C3 e C4 como médios e macios, respectivamente.
Essa mudança cria um "degrau" mais pronunciado entre o duro e o médio, o que poderia forçar as equipes a considerarem duas paradas ou arriscarem uma com maior prejuízo de tempo por volta.
“Não estamos tentando forçar estratégias de duas paradas porque são mais emocionantes”, disse Mario Isola, gerente da Pirelli, “mas, com compostos muito próximos, as equipes sempre acham uma forma de parar só uma vez”.
Com pneus menos sensíveis à degradação térmica — como requisitado pela FIA — os pilotos têm mais liberdade para atacar, mas isso também reforçou a tendência de corridas processuais, sem muitas trocas de posição.
Sprint e Spa: o cenário perfeito (ou quase)
O GP da Bélgica foi escolhido como palco do teste por suas curvas de alta velocidade e longa duração de volta, o que ajudaria a diferenciar bem os desempenhos de cada pneu.
Além disso, como se trata de uma etapa sprint, a janela de tempo para entender os pneus é ainda menor — tornando as escolhas mais desafiadoras.
Mas o que parecia ideal pode desandar: um sistema de baixa pressão atmosférica vindo do Atlântico deve trazer chuvas intensas para a região nos próximos dias, com previsão de até 50 mm em algumas áreas de Spa.
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E se chover?
Se o fim de semana for afetado pela chuva, a corrida pode até ganhar emoção por outros motivos — mas a Pirelli perderá a chance de validar seu plano. Isso porque o uso de pneus intermediários ou de chuva anula completamente a lógica de combinação entre C1, C3 e C4.
Por ser um processo regulado e limitado, a fornecedora não pode simplesmente trocar compostos de uma etapa para outra. A homologação dos pneus é feita no início da temporada e qualquer ajuste precisa respeitar essa limitação.
Se a chuva atrapalhar o experimento em Spa, restarão poucas chances no calendário para repetir a ideia, o que frustra a tentativa da Pirelli de trazer mais variações táticas para a F1 de 2025.
Fonte: Motorsport.com
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