Tudo o que sabemos até agora sobre as regras polêmicas da Fórmula 1 para 2026
Anúncios

Tudo o que sabemos até agora sobre as regras polêmicas da Fórmula 1 para 2026
A estreia dos carros da Fórmula 1 de 2026 está marcada para janeiro, em testes privados em Barcelona. Mas, mesmo com o cronograma avançado, pairam dúvidas e críticas sobre o novo regulamento técnico, especialmente após avaliações negativas de pilotos que já testaram os carros no simulador.
Anúncios
Menos aderência, mais energia e um novo desafio para os pilotos
A nova geração de carros será mais leve, menos dependente da aerodinâmica e exigirá um gerenciamento energético mais complexo. A carga aerodinâmica será reduzida em até 30%, o que deixará os carros mais lentos nas curvas, com zonas de frenagem maiores.
Imagem por The Race
O impacto foi sentido por nomes como Charles Leclerc e Lance Stroll, que chamaram a experiência nos simuladores de “pouco divertida” e “triste”. A crítica central: menos downforce e mais foco na energia elétrica tornam os carros menos envolventes de pilotar.
Por outro lado, a FIA acredita que essa mudança pode tornar a pilotagem mais técnica, com curvas como Copse, em Silverstone, deixando de ser totalmente aceleradas e exigindo mais habilidade do piloto para extrair o melhor desempenho.
Tempo de volta pode cair pouco, e o talento será decisivo
Apesar da redução de carga aerodinâmica, os números de simulação indicam que os tempos de volta ficarão apenas cerca de 1 segundo mais lentos no início de 2026. Isso porque os carros ganharão velocidade nas retas, com aceleração mais eficiente saindo das curvas.
Imagem por The Race
A FIA espera que, até 2027, os tempos estejam novamente no mesmo patamar atual, conforme as equipes evoluírem os projetos. E a menor aderência poderá tornar pistas mais exigentes, destacando o talento individual dos pilotos — algo que se perdeu com a atual geração de carros cheios de downforce.
Anúncios
Gerenciamento de energia e ajustes regulatórios em andamento
Um dos maiores desafios segue sendo o gerenciamento da energia elétrica. O sistema híbrido de 2026 terá potência aumentada para 350kW, contra os 120kW atuais. Em pistas como Monza, há risco de os carros ficarem sem energia antes do fim da reta.
Para evitar isso, foram criadas zonas de baixa resistência ao ar (low-drag mode) e regras que suavizam o esgotamento da bateria, como o “ramp down” de sete segundos. A FIA também poderá limitar a quantidade de energia que pode ser recuperada por volta — de 8,5MJ para até 5MJ em pistas com menos frenagem.
Essas medidas visam evitar comportamentos artificiais, como freadas em retas durante voltas rápidas para recarregar a bateria.
Imagem por The Race
Onde os novos carros devem melhorar
Imagem por The Race
Além da promessa de valorizar o talento, os carros de 2026 devem ser melhores em seguir o carro à frente. A geração atual, introduzida em 2022, perdeu eficiência nesse quesito por conta de abusos na aerodinâmica dianteira e no uso de outwash. A FIA agora bloqueou essas brechas nas novas regras.
Outra boa notícia é que os carros serão menos sensíveis à altura do solo. Com assoalhos mais planos e túneis venturi reduzidos, as equipes não precisarão operar com suspensões tão rígidas nem com carros tão colados ao chão — um alívio para o conforto e controle.
A expectativa é que a altura ideal de operação suba em relação aos modelos atuais, ainda que não retorne ao nível pré-efeito solo de 2021.
Em meio a tantos ajustes, a mensagem da FIA é clara: as críticas são naturais em um período de transição, mas o objetivo é tornar a Fórmula 1 mais eficiente, mais equilibrada — e mais humana.
Fonte: The Race
Related Posts


